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ToggleO que muda com o fim do PIS e Cofins em 2027?
Em 2027, o Brasil viverá uma mudança profunda em seu sistema tributário: o fim do PIS e da Cofins, substituídos pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), com alíquota de 9,25%. Essa alteração integra o processo de implementação da Reforma Tributária e, apesar de ter como objetivo simplificar o sistema, representa aumento expressivo para várias empresas, em especial aquelas enquadradas no regime do lucro presumido.
Atualmente, a carga de PIS e Cofins no presumido corresponde a 3,65% sobre o faturamento, calculada de forma cumulativa. Com a CBS, a alíquota mais que dobra. Embora o modelo não cumulativo permita compensar créditos, a realidade é que muitas empresas do presumido não possuem despesas suficientes que gerem créditos relevantes. Custos como folha de pagamento e serviços contratados não entram no cálculo.
Portanto, a partir de 2027, empresas que hoje pagam valores relativamente baixos podem enfrentar uma carga até 150% maior, pressionando margens de lucro e exigindo ajustes imediatos em precificação e contratos.
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Como a CBS de 9,25% impacta empresas no lucro presumido?
A principal questão que surge é: quanto a CBS realmente aumentará os impostos no lucro presumido? Vamos a um exemplo prático. Uma empresa que fatura R$ 500 mil por mês paga hoje cerca de R$ 18,2 mil em PIS e Cofins. Em 2027, esse valor passará para aproximadamente R$ 46,2 mil com a CBS. A diferença mensal é de R$ 28 mil e, ao final de um ano, o impacto chega a R$ 336 mil adicionais em tributos.
Esse aumento não se limita ao percentual. A CBS será destacada “por fora” na nota fiscal, o que altera a dinâmica comercial. O cliente verá o tributo discriminado no documento fiscal, e a empresa precisará justificar aumentos de preços de forma clara. Esse novo modelo pode gerar tensões em negociações contratuais e maior pressão sobre as margens de quem não se preparar.
Além disso, setores que trabalham com margens reduzidas ou com baixa capacidade de crédito compensável terão pouco espaço de manobra. A gestão estratégica e o planejamento tributário deixam de ser opcionais e se tornam condição de sobrevivência.
Quais setores serão mais afetados pela mudança?
A CBS não afetará todas as empresas da mesma forma. Setores com maior proporção de custos relacionados a insumos — e que permitem gerar créditos — sentirão menos impacto. Já empresas que dependem fortemente de mão de obra e serviços terceirizados enfrentarão o maior desafio.
O setor de serviços lidera a lista dos mais prejudicados. Escritórios de advocacia, clínicas, academias, escolas privadas e empresas de tecnologia terão aumento imediato de carga tributária, já que suas principais despesas não geram créditos. A construção civil também deve sentir os efeitos com intensidade, pois os contratos de longo prazo e margens apertadas dificultam a absorção de custos adicionais.
Outro segmento em alerta é o de mármores e granitos. Apesar de poderem aproveitar alguns créditos, eles não compensam a alíquota cheia de 9,25%. O resultado é a elevação quase integral da carga, o que ameaça margens e competitividade. Em contrapartida, empresas do lucro real podem se beneficiar, pois terão maior possibilidade de compensar tributos e, em alguns casos, reduzir a carga efetiva.
Como as empresas podem se preparar para o fim do PIS e Cofins?
A preparação passa, antes de tudo, por planejamento tributário detalhado. O primeiro passo é realizar simulações que comparem o impacto do modelo atual com o futuro. Esse estudo ajuda a decidir se vale a pena permanecer no lucro presumido ou migrar para o lucro real, que pode oferecer mais compensações.
Outro ponto crítico é o mapeamento de créditos tributários. Ainda que o lucro presumido não seja o regime mais vantajoso nesse aspecto, identificar despesas que possam gerar créditos se torna essencial para mitigar perdas. Ignorar esse processo significa correr o risco de pagar além do necessário.
Também será necessário revisar contratos com clientes e fornecedores. Como a CBS será destacada, é fundamental incluir cláusulas que permitam o repasse automático de alterações tributárias, evitando discussões a cada mudança. Além disso, escolher fornecedores optantes pelo lucro real pode ajudar, já que isso amplia as possibilidades de créditos aproveitáveis.
Por fim, empresas precisam reforçar o compliance fiscal e investir em tecnologia de gestão. A nova sistemática exigirá controles mais precisos e relatórios detalhados, e apenas quem se antecipar terá condições de transformar essa mudança em vantagem competitiva.
Como a Facilitta pode apoiar sua empresa na transição?
Na Facilitta Contabilidade, sabemos que o fim do PIS e Cofins e a entrada da CBS em 2027 representam mais do que uma simples mudança tributária: trata-se de uma transformação profunda na gestão empresarial. Nosso papel é antecipar cenários, simular impactos, revisar contratos e apoiar na formação de preços para que sua empresa não apenas sobreviva, mas mantenha competitividade.
Com experiência no acompanhamento de setores diretamente impactados, como serviços, construção civil, comércio e rochas ornamentais, oferecemos suporte consultivo e personalizado. Nosso objetivo é dar clareza ao empresário e segurança no processo de adaptação.
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FAQ – Perguntas frequentes sobre o fim do PIS e Cofins em 2027
1. Quando PIS e Cofins serão extintos?
O PIS e a Cofins deixam de existir em 2027. A partir desse ano, eles serão substituídos pela CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), parte da Reforma Tributária.
2. Qual será a alíquota da CBS?
A CBS terá alíquota única de 9,25% sobre o faturamento, incidindo de forma não cumulativa. Isso significa que, em alguns casos, será possível usar créditos tributários para reduzir o valor final devido.
3. Empresas do lucro presumido pagarão mais impostos?
Depende. Para muitas empresas do presumido, a CBS pode representar aumento significativo, chegando a quase 150% a mais de carga em relação ao modelo atual. No entanto, isso não é uma regra absoluta. Empresas que fizerem um planejamento tributário adequado, com mapeamento de créditos e revisão de contratos, podem reduzir o impacto e até encontrar estratégias de equilíbrio.
4. Quais setores sentirão mais impacto com a CBS?
Setores intensivos em mão de obra, como serviços, educação, saúde, advocacia e tecnologia, tendem a ser os mais afetados, já que salários não geram créditos tributários. Construção civil e o setor de mármores e granitos também enfrentam riscos maiores. Já empresas com mais insumos e créditos compensáveis podem mitigar parte da carga.
5. Como reduzir os impactos da CBS no lucro presumido?
A chave é o planejamento. Simulações tributárias, mapeamento de créditos possíveis, renegociação de contratos e análise de fornecedores podem fazer toda a diferença. Contar com especialistas é essencial para garantir que sua empresa não pague mais impostos do que o necessário.